segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ímã 2 - O Mural da Vergonha.

Continuando a saga das aventuras com a Amiga que não quero identificar, por isso podemos chamá-la de J.
Da segunda vez que saímos cam a J., que eu me lembre que deu zebra, foi a pouco tempo quando fomos à uma pequena lanchonete em nosso pequeno bairro. Dessa vez meu pobre e indefeso irmão - Rubinho - (indefeso por conta de uma clavícula quebrada e recém-operada) estáva conosco e usava uma tipóia, na qual apelidamos de "sutiã"! Esperávamos o nosso lanche tranquilamente do lado de fora conversando, porém começou a chover, então decidimos (logicamente) ir pra dentro da "lanchonete", onde continuamos conversando e esperando o lanche. De repente vemos à nossa frente um tal mural onde a dona da "lanchonete" coloca as fotos que tira de seus clientes. Meus amigos começaram a rir das fotos, porque estávam realmente engraçadas, mas além disso colocaram o nome desse mural de "MURAL DA VERGONHA". Acho que o espanto com as fotos ficou bem explícito e não sei porque razão (propositalmente ou não!) apareceu uma menina com uma máquina fotográfica de filme ainda perguntando se queríamos tirar uma foto. Será que ela achou que estávamos gostando muitíssimo do mural e queríamos ardentemente estar com nossos rostinhos lindos estampados lá? Ops! Educadamente falamos que não gostaríamos de tirar foto e a J. logo arrumou um jeito de correr... O Fernando deu um twister duplo carpado (aquele da Daiane dos Santos) e saiu de fininho, o Rubinho saiu correndo na cara de pau, com meu refrigerante na mão e eu que não ia ficar ali sozinha, né? Corri também... Como se não bastasse, a menina correu atrás da gente e perguntou de novo se podia tirar a foto, nós respondemos a mesma coisa; mas ela não se contentou e abusadamente tirou uma foto nossa. Posso lembrar da cena como se fosse em câmera lenta: a menina colocando a arma em punho máquina no olho (porque ainda não tinha uma digital) e a gente gritando juntinho: "NÃÃÃO!", enquanto ela apertava o enorme botão da enorme máquina e nós abaixávamos a cabeça. Detalhe o Rubinho não podia abaixar a cabeça; lembra da clavícula recém-operada? O coitado teve que virar a cara, tentando equilibrar o refrigerante com a mão esquerda. Por fim, com o sentimento de missão cumprida (acredito eu!), a educada menina saiu de cena! E a J. respondeu por nós: "Brigada!" Logo depois, J. pergunta: "Todo mundo abaixou a cabeça? Isso é o que importa!"
Agora você acha que algum de nós foi lá pra conferir se a nossa foto estáva no MURAL DA VERGONHA?  Lóóóógico que não! Mas se está lá, nossas carinhas não estão identificadas!
Terminamos a noite bebendo chapéu de couro pela rua, comprado no barzinho da esquina, rindo pelos cotovelos...

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